sábado, 28 de março de 2009

Será que realmente quero o discernimento?

Fico pensando
Na importância de ser lembrado quando morrer,
Mas será que isso realmente passa a ser importante
Quando não faço nada de mais,
Quero dizer com isso que todos têm amigos,
Todos vão ter quem se lembre quando morrer,
Mas porque então quando estamos vivos
Queremos que se lembrem da gente?
Do que vale trabalhar, se não ganha?
Do que vale ter namorada, se não se ama?
Do que vale ter amigos de bar?
As trocas de experiências são tão sutis que
Se não tivermos discernimento das coisas
Não conseguimos realmente trocar nada.

Temos que lembrar que o inesquecível nem sempre
Pra nós não é o inesquecível pras outras pessoas,
Quantas idiotices nós lembramos
Que pras outras pessoas são idiotices “irrelembraveis”?

O discernimento das coisas é tão necessário
Quanto dispensável,
Pelo motivo ao qual
Não nos lembramos das coisas que sempre preferimos
E que, às vezes, não são tão preferidas assim,
Ou que às vezes só lembramos
Pelo motivo ao qual são dispensáveis,
À vontade de beber, a falta de carinho alheio,
À carência própria, a vontade de dar carinho.

Uma coisa tão dispensável quanto a vida,
É a morte
Que para tantas religiões, tem tantas hipóteses,
Que se trabalharmos no campo “lógico-geometrico”,
São deuses opostos pelo vértice,
Diferentes, mas com um mesmo significado.

Saber que sou menos, ou dispensável,
Não me magoa
E o que me recompensa é
Que sei tão bem quanto isso,
Que também todas as outras pessoas,
São dispensáveis pra mim.

Considerando tudo isso, temos que:
Uma balada, ou um bar,
Uma chamada não atendida,
Uma chamada não recebida,
Um oi, ou um adeus,
São chamas do mesmo fogo que arde sem se perceber,
Se o discernimento não estiver aceso.

quarta-feira, 11 de março de 2009

sem titulo, por enquanto. =/

Estou me sentindo como da primeira vez que bebi
Estou me sentindo como da primeira vez que me apaixonei
Minha vontade é correr e correr.

Mas foda-se eu quero você,
Não me ache grudendo,
Não me ache pegajoso,
Ache-me carinhoso,

Estou me sentindo como da primeira vez que bebi
Estou me sentindo como da primeira vez que me apaixonei
Minha vontade é correr e correr.

Correr por tudo que me da vontade de fazer,
Pois sei que tudo isso ira me fazer afastar-me de você,
E me fazer sentir bêbado,
E me fazer sentir apaixonado,

Prefiro esquecer-te,
E te dar,
E desistir,
Pois eu falhei comigo,
Ao tentar te fazer feliz.

Eu gritei,
Mas fiz errado,
Eu te esqueci,
E fiz-me forte.

Não pague pelos meus erros,
Não escute o que eu digo,
Apenas diga: yeah, yeaah, yeeaah,

Agora eu só quero correr,
Só quero correr,
Siga-me nessa porra de caminho.

Disse-te o que fazer,
Mas esqueça isso,
Não é isso o que dever fazer.

Tudo o que você deve fazer é,
É gritar ao mundo,
Yeah, yeeaah, yeaah.
Yeah, yeeaah, yeaah.

terça-feira, 10 de março de 2009

Dezenove anos, onze meses e 30 dias.

Tentei sempre sorrir,
Mesmo quando não dava,
Eu sorri,
Por mim, por você e pelas pessoas a nossa volta.

Tentei sempre aproveitar a vida,
Mesmo quando não dava,
Eu aproveitei,
Por mim, por você e pelas pessoas a nossa volta.

Tentei, sempre que necessário, chorar,
Às vezes escondi, outras deixei a perceber,
Eu chorei,
Pelas minhas camadas, por baixo da sua capa,
Pelos olhares das pessoas em nossa volta.

Fui triste,
Mas sempre tentei ser feliz,
Mesmo quando estava triste,
Transpareci felicidade,
Pra me sentir melhor, pra te fazer melhor,
Para que as pessoas em nossa volta sorrissem.

Fiz de todas as primeiras chances,
Chances únicas,
Mas quando elas realmente eram únicas,
Fiz com que acontecessem,
Nem todas deram, mas ainda assim não desisti delas.

Vivi por pouco tempo,
Fiz de tudo que deu,
Pra fazer minha vinda e vida
Aqui na Terra não ser à toa.

Eu fui,
Mas você ficou,
Eu vivi,
Mas você só se estressou,
Eu tentei te avisar,
Mas você não escutou,
Eu quis brincar,
Mas você preferiu brigar,
Das coisas ruins perguntei-me o que podia aprender,
Mas das coisas boas você só reclamava que não estavam tão boas assim,
Eu te quis,
Mas você preferiu não arriscar,
Mesmo assim não desisti,
Mas mesmo assim você não quis insistir,
Morri um dia antes dos vinte anos,
Quando estava aproveitando a vida,
Você vai viver muito mais tempo,
Também não faz nada que é incerto,
Sempre perto da triste certeza,
Perdendo sempre a beleza da desconfiança,
Perdendo sempre a riqueza da esperança.
Uma vida,
Uma sentença,
Uma morte,
Uma certeza.

sábado, 7 de março de 2009

Tempo.

O tempo está tão nublado,
O tempo está tão claro,
Agora está de noite,
Mas logo vai amanhecer.

Agora é tempo de correr atrás de emprego,
Agora é tempo de correr pra longe de gandaia,
Já está na hora de trabalhar,
Mas queria tanto farrear.

Preciso de alguém pra conversar,
Mas pela hora não devo ligar pra ninguém,
Vou esperar até o horário comercial,
Mas quem liga pra isso?

Estamos em tempo de sorrir e rir,
Foi-se já a hora de chorar,
Apague a luz está na hora de dormir
Pegue a foice vamos brincar.

Relógio biológico,
Com sua lógica caótica,
Vícios, desejos e necessidades,
O despertador tocou,
Tenho que realizar algumas coisas,
Preciso ir, será que você não se tocou?

O tempo hoje está um inferno,
Queria entrar na geladeira,
Mas que inferno,
Minha gelada não gela,
Vou ter que tomar quente mesmo,
Sem problemas,
Mesmo porque meu dia foi um inferno.

Ainda está noite,
Vou aproveitar para farrear,
Achar alguém pra conversar,
Meu relógio biológico indica que
Está na hora de fumar,
Mas que inferno,
Queria largar esse vício,
Ainda esta noite.

Agora são dezessete horas no Japão,
O Big Ban indica que são oito horas,
Em Brasília são cinco,
Em San Salvador são duas,
Não sei que horas são em San Francisco,
Mas será hora de que no paraíso?

terça-feira, 3 de março de 2009

Eu Vivo.

A vida, uma coisa tão simples...
Mas nos faz pensar em uma coisa não tão simples,
Pois a vida tem um passo a ser dado,
Ela é uma coisa bonita, que ninguém teme,
Muito pelo contrario, pois queremos viver muito,
Se não, pra sempre.
Mas como tudo nessa vida tem um oposto,
Ela não seria diferente,
A morte,
Uma coisa tão complicada,
Às vezes até feia,
Que quase todo mundo teme,
Mesmo porque, quem gostaria que isso tudo acabasse?
Mas será que a morte não tem um rumo?
Mas se eu vivo pensando nos meus problemas,
Nas contas a pagar,
Nas notas a tirar, e as notas a me serem dadas,
Nas notas das músicas que não me agradam,
Na melodia que a minha vida não está seguindo,
Vivo sempre num segundo plano,
Vendo tudo passar,
E vejo que a vida não passa...
Mas se não vivo pensando,
Nem em banco e nem nada menos burocrático,
E tudo que faço é dançar conforme a musica,
Se for reggae, eu pulo,
Se for samba, eu sambo,
Se for rock, balanço a cabeça,
Mas independente do ritmo
Agrada-me viver,
Não em segundo plano,
Mas em todas as primeiras chances,
Sejam elas apenas miseras chances,
Não vou desistir, ainda há uma chance,
Não sei se curtir a vida é estudar muito,
Trabalhar muito, ganhar muito...
Mas também não sei se a vida é estudar pouco,
Trabalhar pouco, ganhar pouco,
Não sei a vida é correr as seis e treze da manha,
Beber sucos e água,
Comer frutas e legumes,
Transar só de camisinha,
Isso se tiver certeza que casarei com ela,
Mas também não sei se a vida é dormir até o meio dia e quarenta e dois,
Beber refrigerante com vodca,
Comer frituras e gorduras,
Nunca transar de camisinha
E com todas que tiver oportunidade
Enquanto isso,
Vou estudando o necessário,
Trabalhando o necessário,
Ganhando o necessário,
Às vezes durmo cedo
Mas também acordo tarde,
Tomo suco, refrigerante,
Tomo até água com vodca,
Como legumes, gorduras,
E certa vez me lembro que num prato meu
Tinha frituras e verduras,
Não digo que escolho a dedo
Todas as garotas com quem eu fico
Mas sempre tento usar camisinha,
Claro que nem sempre essa teoria é valida,
E pensar que pensei nisso tudo,
Simplesmente porque estava rindo e abrindo
A porta de uma geladeira cheia de vida,
Ou morte,
Resumindo, era uma garrafa de vinho,
Ou era um de vodca,
Sei lá, mas to achando que era cerveja,
Bom, mas veja, não, não veja,
Deixa ser.