terça-feira, 10 de março de 2009

Dezenove anos, onze meses e 30 dias.

Tentei sempre sorrir,
Mesmo quando não dava,
Eu sorri,
Por mim, por você e pelas pessoas a nossa volta.

Tentei sempre aproveitar a vida,
Mesmo quando não dava,
Eu aproveitei,
Por mim, por você e pelas pessoas a nossa volta.

Tentei, sempre que necessário, chorar,
Às vezes escondi, outras deixei a perceber,
Eu chorei,
Pelas minhas camadas, por baixo da sua capa,
Pelos olhares das pessoas em nossa volta.

Fui triste,
Mas sempre tentei ser feliz,
Mesmo quando estava triste,
Transpareci felicidade,
Pra me sentir melhor, pra te fazer melhor,
Para que as pessoas em nossa volta sorrissem.

Fiz de todas as primeiras chances,
Chances únicas,
Mas quando elas realmente eram únicas,
Fiz com que acontecessem,
Nem todas deram, mas ainda assim não desisti delas.

Vivi por pouco tempo,
Fiz de tudo que deu,
Pra fazer minha vinda e vida
Aqui na Terra não ser à toa.

Eu fui,
Mas você ficou,
Eu vivi,
Mas você só se estressou,
Eu tentei te avisar,
Mas você não escutou,
Eu quis brincar,
Mas você preferiu brigar,
Das coisas ruins perguntei-me o que podia aprender,
Mas das coisas boas você só reclamava que não estavam tão boas assim,
Eu te quis,
Mas você preferiu não arriscar,
Mesmo assim não desisti,
Mas mesmo assim você não quis insistir,
Morri um dia antes dos vinte anos,
Quando estava aproveitando a vida,
Você vai viver muito mais tempo,
Também não faz nada que é incerto,
Sempre perto da triste certeza,
Perdendo sempre a beleza da desconfiança,
Perdendo sempre a riqueza da esperança.
Uma vida,
Uma sentença,
Uma morte,
Uma certeza.

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