quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Gira-lua

Depois de tanto tempo zanzando
Coletando pólen de cada tipo de flor conhecida,
Sem nunca ter gostado de nenhuma,
Mas que clara ironia
Fui logo descansar na gira-lua.

Ooo gira-lua
Gira e gira e só me procura
Quando a lua tenta aparecer
Mas quando te vejo
Infelizmente já esta perto do amanhecer.

Passei por entre rosas, margaridas...
Elas me pediram pra ficar
E elas são flores tão doces e queridas,
Mas fazer o que
Se não controlo minhas asas
Que batem e pedem para ir.

Ah mas briguei contra elas
E finalmente pousei
Em algumas damas da noite,
Confortei-me entre elas e
Fizeram-me felizes por um tempo.

Cheguei a encontrar
Flores proibidas pelos deuses
Os desafie e desfrutei
Ao fazer isso errei,
Mas realmente achei
Que daria certo e tentei.

Gira-lua
Gira tanto e tanto
E se apresenta nua
Mas quando me dispo
Já não mais a visto.

E quando tento me vestir
Já é tarde
E da parte da calça mal vestida
Olho você ir
E vejo como as coisas se sacodem
Dentro de mim, mas
Sabendo que agüentaria
Mais um balde de pólen.

Um comentário:

Giovanna disse...

Diferente de todos seus outros textos que eu já li...
Criativo, bem estruturado, metafórico e sensivel.
muito bom!